Textões e cineclubismo
(ou literatura e cultura cineclubista)
Na sequência da publicação de mais um artigo em meu
blogue – e divulgação na lista nacional dos cineclubes – um velho amigo cineclubista
me escreveu, debatendo alguns aspectos do texto. Seguiram-se algumas mensagens,
como sempre, com argumentos e ideias, daqui e de lá. Comentei que achava que
devíamos fazer esse debate de forma aberta, e ele me respondeu que achava que
tinha pouco interesse, pois as pessoas estavam vendo o cineclubismo mais como
um aspecto meio superado, um departamento muito específico de questões maiores,
como as de gênero, religião ou mesmo do cinema brasileiro. E acrescentou
também: “recebi uma mensagem privada
dizendo que mensagens longas e "intelectualizadas" não serviam para
nada a não ser deleite intelectual e estéril do autor das mesmas...” Daí,
portanto, o textão.
Embora, evidentemente, não exista uma exegese mais
precisa do textão – já que a ideia mesma repele a reflexão e apela para o senso comum – acho que podemos
reconhecer que qualquer coisa que ultrapasse dois parágrafos, chegue perto do
fim da página é, definitivamente, um textão. Então, vamos a ele, pelo menos no
que se refere ao cineclubismo.
A ideologia do textículo
Citei essa associação: falta de
interesse do cineclubismo e inutilidade de reflexões mais longas porque, ao
contrário do meu amigo, acho que não são uma coisa de agora, dos últimos tempos
ou dos novos tempos, mas uma velhíssima tendência obscurantista,
anti-intelectual (intelectual no sentido de uso do
intelecto, da inteligência, da reflexão). O fenômeno é bastante geral e
recorrente, e manifesta-se de mil maneiras em formulações reacionárias
ou populistas, que promovem a compreensão do mundo e das coisas em ideias
simples e sem nuances. Curto e grosso. Geralmente estão associados ao racismo,
ao preconceito, ao nacionalismo e à xenofobia: nós contra eles. Não são estranhas a uma polarização maniqueísta,
burra mesmo, que muitos reconhecem atualmente nas chamadas redes sociais na
internet.
Tais ideas procuram separar as
abstrações do “intelectual” e do “homem comum”, restringindo este último a um
espaço edênico de ignorância e felicidade determinadas pela Natureza ou pelo
Criador. Ou, sob outro entendimento, mantendo-o nos limites da ignorância e da
exploração por terceiros. Além de velha, essa ideia, que é também prática de
solapa social, é bem generalizada. Hoje em dia, certamente se aproveita de
alguns instrumentos da indústria de comunicação, como o twitter - e seu limite
de mensagens de 140 caracteres (que estão pensando em mudar) - ou o instagram,
que privilegia as imagens. Mas não sejamos reducionistas também aqui: esses
mesmos meios servem para ampliar o universo de pessoas que se manifestam pela
escrita e que, possivelmente, poderão acessar outros mecanismos e ambientes,
explorando e se manifestando de formas mais elaboradas.
Ideias expressas de forma
simples e curta, como quaisquer outras, têm sua função social disputada na
arena da luta de classes: podem ser úteis para a emancipação ou para a
domesticação; reduzir sempre as ideias, no entanto, a fórmulas simplificadas,
aponta para a rasteirização, a ingenuidade, a subordinação – que propiciam o
abuso. O slogan, por exemplo, termo sem
correspondente em português, tem origem em formas de identificação clânica, militar
(a palavra vem do gaélico e irlandês sluagh-ghairm -sluagh "grupo
armado” e gairm "grito"). É uma forma
mnemônica simples que serve para angariar, arregimentar ou para controlar
massas, plateias, para projetos também curtos e grossos, como toda a
publicidade moderna, mas igualmente o facismo que, aliás, tem parentesco
próximo com ela. Enfim, como todos sabem, a capacidade de interpretar um texto
complexo é o parâmetro usado para medir o analfabetismo
funcional – ou incapacidade de se situar e desfrutar plenamente do universo
comunicacional social. O analfabetismo funcional atinge um percentual
significativo dos povos: no Brasil, quase um terço da população; nos EUA, um
quinto, e nos países nórdicos, um décimo. O tema é vasto e merece uma reflexão mais
ampla, mas meu textão aqui visa localizar essa questão no cineclubismo
brasileiro.
A mensagem privada, que meu
amigo não identificou, nem eu perguntei, lembrou-me algumas referências esparsas
no facebook – que não raro funciona como ventilador de matérias fecais – mas em
particular uma campanha contra textões estranhamente associada à divulgação de
um desses circuitos de exibição que alguns produtores andam organizando através de cineclubes. Eu
disse “estranhamente associada” porque realmente uma coisa – textos extensos –
não tem, em princípio, nada a ver com a outra: a organização de um circuito de
exibição. Acredito que os promotores dessa associação já estivessem preocupados
anteriormente com os tais textões, de forma que a mistura de uma coisa e outra
meio que veio para demonstrar que uma iniciativa como aquela, do circuito,
podia ser realizada sem um grande texto para ampará-la. Grande demonstração
lógica: mostraram que era possível lançar um filme sem grandes temas, apenas
com um sistema de inscrição de cineclubes numa lista ou sistema. Os circuitos
comerciais fazem a mesma coisa toda semana, também sem grandes textos – no
máximo umas imagens na tevê. E fazem isso há mais de um século. Isso me lembra
a formação do circuito Cine+Cultura, há poucos anos, quando se combateu – e se
acabou por eliminar – as atividades de formação, como o Manual do Cineclube e
as oficinas, em favor dos aspectos funcionais do circuito de exibição formado
pelos cines+.
Bom, muito cá entre nós (que
ninguém nos leia!), acho que a mensagem privada enviada ao meu amigo e a
campanha contra os textões têm a mesma origem, e acho que a identifico bem.
Afinal, neste nosso meio cineclubista, não são muitos os textões, não é mesmo?
E talvez sua autoria seja fácil de identificar. Em outras palavras, identificar
os textões com uma pessoa. Ora, inversamente, os que insistem em combater esse
autor passam também a ser provavelmente identificados sem dificuldade.
Contribui ainda, para isso, o fato de que muitos outros cineclubistas já me
falaram sobre recados privados que receberam para evitar o referido autor... de
textões. Por isso, nem precisei perguntar. Bem, a esta altura, quantos leitores
já entenderam tudo? Ah, e entre esses leitores com certeza estão os que fazem
campanha contra textões: eles são dos primeiros a lê-los.
Bom, eu me identificaria como um
autor de textões, se adotasse essa visão anti-intelectual. Mas não. Não meço
minhas reflexões, como não pretendo medir meus leitores. Escrevo sobre
cineclubismo desde meus 20 anos, nos anos 70, quando a maioria dos meus
leitores ainda não tinha nascido (mas nem todos). Aprendi desde logo a escrever
em diferentes registros, pois também tirei boa parte meu sustento, esses anos
todos, da escrita: jornalística, de propaganda, mais recentemente, acadêmica;
mas sempre, paralelamemte, militante e cineclubista. Os textos a que me refiro
aqui, então, são estes últimos. Militantes, porque são os escritos voltados não
para o público dos cineclubes (o que também faço muito), mas para os
cineclubistas militantes, já bem comprometidos com o cineclubismo, ou para
dirigentes de cineclubes. São textos em que procuro passar minha própria experiência,
recuperar a memória da experiência histórica cineclubista, avançar proposições
ou analisar e criticar posturas de que discordo. Textos que têm uma forma
despretensiosa de pretensão: a de suscitar questionamentos, reflexões, que
possam animar, transformar, enriquecer a prática dos cineclubes. Nada disso se
faz de forma superficial ou breve. Só de ma fé - com a intenção de neutralizar
as idéias sem efetivamente considerá-las - ou com o preconceito de que os
cineclubistas não são, de alguma forma, capazes, é que se imagina que isso não
interessa aos cineclubistas.
Cineclubismo e literatura
Na verdade, o cineclubismo é
muito próximo da literatura, da cultura escrita. Nosso companheiro estudioso do
cinema e do cineclubismo, Gabriel Álvarez Rodríguez, sempre destaca a relação
entre o cineclubismo, a escrita e as publicações, explorando, por exemplo, a
influencia da Gaceta Literária espanhola,
nos anos 20, sobre os primeiros cineclubes hispânicos[i].
Como se preciso fosse lembrar que ainda muitos repetem que o cineclubismo
surgiu com a revista Ciné-Club, de
Louis Delluc, e tantas que se seguiram – como destaca Christophe Gautier em seu
formidável La Passion du Cinéma[ii].
No Brasil, Diogo Gomes dos Santos identifica as origens mais remotas do
cineclubismo com a Turma do Paredão[iii],
que logo se espalharia pelas colunas de cinema de diferentes revistas, para
voltar a se reunir em Cinearte. Mas e
O Fã, primeira revista realmente de
crítica cinematográfica, na realidade o boletim do Chaplin Club? E, se não
bastasse a proximidade ou origem dos fundadores do Clube de Cinema de São Paulo
com a revista Clima, poderíamos
lembrar como o cineclubismo dos anos seguintes esteve diretamente ligado à
propagação da crítica e de uma literatura de cinema em todas as regiões do
País. Se considerarmos a cultura
cinematográfica brasileira no sentido de um acervo de expressão literária –
que certamente é uma de suas dimensões, ainda que eu pense que não a única e
nem mesmo a principal – os cineclubes fazem parte substancial de sua origem e
disseminação. A quase totalidade dos movimentos renovadores na história do
cinema surgiu dos ambientes cineclubistas e da reflexão escrita, publicada em
livros e revistas – especialmente em publicações cineclubistas. O cineclubismo
não está apenas associado à criação de uma crítica moderna – basta lembrar André
Bazin (em seus ensaios e nos Cahiers du
cinéma) ou Paulo Emílio Salles Gomes n’O
Estado de São Paulo – mas igualmente encontra-se na origem dos cursos
universitários de cinema em todos os países. E isso é apenas um sobrevoo
rápido; falar mais em profundidade sobre literatura cineclubista é assunto para
outro texto. Que virá.
A militância nunca esteve longe
dessa literatura, seja na defesa sistemática de novas abordagens do cinema,
geralmente ligadas à valorização do público (mesmo se, muitas vezes, de forma
paternalista), seja no embate direto com outras vertentes do cinema ou do
próprio cineclubismo. No caso do Brasil, podemos lembrar a defesa dos valores do
cinema mudo pelo Chaplin Club, nas páginas de O Fã – de resto como se dava um pouco em toda parte com o advento
do filme sonoro. Mas também a discussão entre cineclubes católicos – com
abundante literatura - e laicos, que marcou os anos 50 e a criação das
entidades regionais e nacional dos cineclubes. Nos anos 70, em que eu já
participava, os cineclubes mantinham uma extensa literatura, dos boletins de
cada entidade às publicações do CNC, onde se debatiam desde propostas de gestão
da Dinafilme até concepções do mundo, passando, naturalmente, pelas análises de
filmes. Vários cineclubistas, de ambos os lados da celeuma, eram bem conhecidos
na época. Digladiavam-se em torno de idéias como a do nacional-popular de
Gramsci contra o internacionalismo proletário encarnado em Trotski. Essas
ideias serviam para embasar a defesa do cinema brasileiro, por um lado (e a
exibição de filmes de Mazzaropi, por exemplo), e um cinema revolucionário puro,
geralmente identificado com os clássicos do cinema soviético. Influíam no
cotidiano do movimento, por exemplo na montagem e seleção de acervos regionais
de filmes para distribuição da Dinafilme. Nessa época o Cineclube da Fatec
publicou meu primeiro texto realmente grande: um modesto livreto de umas 80
páginas com a primeira história do cineclubismo no Brasil[iv].
Não creio que exista uma relação tão direta, mas é certamente uma associação
que me ocorre, lembrar que a decadência e morte do cineclubismo organizado,
naquela época, foram acompanhadas também de uma onda anti-intelectual,
contrária a debates, e do fim das publicações em geral a partir da metade da
década de 80.
Hoje
Meus amigos estranham que eu
escreva tanto sobre cineclubismo. Ou mais especificamente para cineclubistas,
ainda mais agora que estou inserido numa respeitável instituição acadêmica que
me cobra textos alinhados aos seus cânones. Pouca gente – nem o amigo
missivista que citei – acredita que esses textos sejam lidos. Como
inegavelmente o movimento cineclubista no Brasil – e no resto do mundo – anda
meio irrelevante socialmente, isto é, não tem participação nem manifesta
posição em qualquer questão importante da sociedade ou da cultura, muitos
associam essa “invisibilidade” com a inexistência do movimento social e
cultural que é o cineclubismo.
É da lógica das instituições
hegemônicas – de que se contaminam as opiniões privadas, que hoje se irradiam
acriticamente, de forma simples e tosca, pelas chamadas redes sociais,
colocando a noção de senso comum de
Gramsci num outro patamar – selecionar ideologicamente o que deve ser divulgado
e promovido, tal como o que precisa ser censurado e obliterado. Raramente os
cineclubes superaram essa barreira e, quando o fizeram, expressavam geralmente
posturas elitistas e conservadoras. No entanto, desde que existe o cinema, os
cineclubes nunca deixaram de, senão produzir, ao menos ajudar a colocar em
circulação, além de filmes, ideias e propostas para o avanço do público e da
sociedade. Embora, ao contrário das definições correntes de cultura e tradição
popular, geralmente identificadas com as formas orais, o cineclubismo,
evidentemente, se reconheça no cinema e no audiovisual (e, como mostrei acima,
também bastante na literatura), tal como a sabedoria popular, este elabora, transmite
e reproduz uma cultura própria, fora dos ambientes e práticas dominantes.
Em outras palavras: os
cineclubistas estão lendo e escrevendo – e penso que, quantitativamente,
atualmente mais que em qualquer outro momento histórico, pelo menos no Brasil.
Em minha experiência pessoal, frequentemente sou procurado por estudantes e
pesquisadores de todas as regiões do País envolvidos com trabalhos e pesquisas
sobre o nosso campo e trabalho. Meu blogue é acessado de dez a vinte vezes por
dia em média e, em 8 anos, foi visto por quase 23 mil leitores. Não é muito, se comparado à
Lady Gaga ou a certos gatinhos engraçadinhos mas, considerada a complexidade da
leitura, é um número respeitável. Poucos filmes brasileiros tiveram esse
público nos últimos anos. A média de acessos salta para números bem mais
elevados quando “lanço” algum texto novo e o anuncio no facebook ou na lista de
discussão dos cineclubes. Também em outros espaços de intercâmbio de textos,
como o Academia.edu ou motores de
busca, como Google Scholar, mais acadêmicos,
tenho tido acessos sistemáticos e mais citações do que eu imaginava. A lista
tradicional de comunicação entre cineclubistas, cncdialogo@yahoogrupos.com.br, de 2004 até hoje teve um tráfego de
mais de 37 mil mensagens. Mesmo que uma pequena percentagem delas se constitua
de debates, também somam muitos milhares. A lista mantém estável um número de
assinantes sempre em torno de 1.200 pessoas: não são leitores de palavras cruzadas,
mas gente interessada, quase sempre envolvida de alguma forma com uma prática
cultural organizada em torno do audiovisual. E isso sem contar outras listas,
como as criadas durante as oficinas do programa Cine+Cultura, com muitas
centenas de participantes, cujo acesso e avaliação foram apropriados
indevidamente e privatizados por um certo grupo.
Mas o melhor indicador para essa
produção intelectual é o número de trabalhos acadêmicos: algumas teses de
doutorado, várias dissertações de mestrado, incontáveis artigos em revistas
universitárias e capítulos de livros coletivos, bem como apresentações em
colóquios, a que se somam os trabalhos de conclusão de curso e, last but not least, os textões deste
escriba, que fogem um pouco desses formatos mais institucionais, ainda que os
pratique de quando em vez. Com extensão mais variada e profundidade idem - já
que muitos voltam-se apenas para a divulgação – há ainda um número
significativo de blogues e “páginas” de cineclubes e práticas congêneres.
Acredito que nunca se escreveu tanto sobre cineclubismo como se faz atualmente
– neste século – no Brasil. Penso também que esse fenômeno é possivelmente
exclusivo do nosso País, embora haja muitos trabalhos em outros idomas, de
outros países, mas em nenhum caso com o volume e a concentração que se vê nesse
período em nossa terra.
É curioso que essa atividade se
faça, de certa forma, “fora” do movimento cineclubista, restrita aos meios de
divulgação institucional do ambiente acadêmico e sem influenciar, aparentemente,
as escolhas políticas que se apresentam hoje para os cineclubes brasileiros. Creio
que isso se explica em parte pela especialização
elitista que caracteriza em boa medida – e também atrapalha bastante seu
próprio desenvolvimento – a produção
acadêmica. O isolamento dessa produção confirma a dissociação da maioria dos
autores das atividades cineclubistas propriamente ditas, já que geralmente não
há “vulgarizações” desses textos. Mas, seguindo o cânone acadêmico, cada vez
mais esses textos dialogam entre sí, isto é, são citados reciprocamente. O que
já é muito positivo.
Mais importante, porém, me
parece o fato de que essa produção está refletindo um impacto do cineclubismo
na história e na sociedade brasileiras, que começa a ser reconhecido, a
“existir” institucionalmente, a partir desses textos. Consequentemente, de alguma forma essa reflexão deverá retornar
para o movimento, alterar e enriquecer seu nível de autoconsciência;
indispensável, por sua vez, para que os cineclubes voltem a ter um papel na sociedade.
De fato, assim como é parte do éthos
cineclubista a abolição do espaço hierárquico entre a obra cinematográfica e o
público, também precisamos, diante dessa produção acadêmica sobre o cineclubismo,
promover a sua apropriação pelo público. Isto é, apropriar-se desses textos e
reinformá-los, estabelecer o diálogo entre eles e a prática cineclubista. Pretendo
consolidar em breve uma primeira listagem desses trabalhos para acesso dos
interessados. De qualquer forma, num momento que penso ser de indiscutível
refluxo enquanto movimento organizado, o cineclubismo brasileiro parece estar
refletindo e acumulando forças para um possível retorno amadurecido.
Por isso mesmo é fundamental
denunciar e combater os obscurantistas, os anti-intelectuais que, depois de
terem contribuído fortemente para o recuo do movimento, não satisfeitos,
perseguem qualquer sinal de vida e inteligência que, independentemente dessas
insídias, continuam a germinar e florescer nos interstícios do cineclubismo, na
consciência do público.
Felipe Macedo
Setembro de 2017, em Montreal.
[i] ÁLVAREZ, Gabriel Rodríguez. S.d. Contemporaneos y el Cineclub Mexicano:
Revistas y cine clubes, la experiencia mexicana. México : Universidade Nacional Autônoma do
México.
[ii] GAUTIER, Christophe. 1999. La passion du cinéma. Cinéphiles, ciné-clubs
et salles spécialisées à Paris de 1920 à 1929. Paris : AFRHC
[iii] Diogo Gomes dos Santos
escreve em http://diogo-dossantos.blogspot.ca/. A turma do Paredão era a alcunha
do grupo que reunia Adhemar Gonzaga, Álvaro Rocha, Paulo Vanderley, Luís
Aranha, Hercolino Cascardo e Pedro Lima.
[iv] MACEDO, Felipe. 1982. O Movimento Cineclubista Brasileiro. São
Paulo: Cineclube da FATEC.