domingo, 9 de agosto de 2009


Demissão
Amig@s, companheir@s, cineclubistas,

Estou apresentando a minha demissão da Diretoria de Formação do Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros.

Quatro ordens de motivos estão envolvidas na minha decisão de formalizar uma situação que, nesta diretoria, é praticamente uma realidade desde o dia seguinte à última reunião do CNC, em Atibaia, em março deste ano.

A primeira razão, e mais geral, é o fato de que hoje discordo da direção que está sendo dada ao movimento por nossa entidade nacional, relegando a organização do público a uma posição secundária e colocando o cineclubismo a reboque de um projeto superficial de criação de platéias para os filmes brasileiros. Subprodutos dessa orientação mais geral, a) desestimula- se e até se sufoca a discussão programática e teórica sobre o cineclubismo e suas possíveis e múltiplas orientações; b) a entidade nacional do movimento transforma-se em gestor auxiliar, quase um despachante do programa Cine+Cultura; c) o debate político substitui-se pela negociação de pequenas vantagens e pelo tráfego de influências voltado para o círculo vicioso de objetivos políticos menores, de prestígio ou, a médio prazo, eleitorais; d) corolário deste último, a direção do CNC se concentra quase exclusivamente num cargo e pessoa, comprometendo a democracia no seu sentido mais amplo e reduzindo a trajetória do movimento às perspectivas estreitas de um poder ilusório – mas suficiente para iludir e satisfazer certas vaidades:

a) A direção nacional do movimento cineclubista brasileiro representa uma ampla coalizão de regiões e orientações quanto à ação cineclubista, formada por ocasião da 27ª Jornada Nacional de Cineclubes, que a elegeu. Tal situação, extremamente positiva, deveria ensejar um aprofundamento do debate democrático, o confronto, na transparência e no respeito, das diversas visões e perspectivas que orientam os cineclubes brasileiros – as diversas esquerdas e as várias expressões do liberalismo, a organização do público ou a formação de platéias, a criação autoral ou coletiva, entre outras...
Sem essa discussão, no entanto, a “aliança” se transforma em mero instrumento de negociação de interesses e oportunidades. No momento em que o movimento conquista espaços institucionais importantíssimos, obtém programas de fomento à exibição - que se afirmam voltados para os setores populares – a análise e a crítica desaparecem e uma retórica uniforme de apoio à orientação de um setor específico do governo e do cinema brasileiro toma o seu lugar. O movimento não debate, sua direção não discute, mas o CNC se posiciona bastante, sempre em apoio aos mesmos segmentos, entidades e políticas, dependente de uma composição indiscutida que privilegia a produção autoral (não coletiva) e compreende o cineclubismo como espaço de realização dessa produção, de formação de platéias para essa produção, e não de organização do público, de expressão comunitária, de transformação social.
Numa ocasião como a atual, em que a legislação referente à cultura e ao audiovisual apresenta várias oportunidades de reforma e democratização, nosso movimento se posiciona meramente a reboque da “classe cinematográfica” - à qual só pertencemos nessa condição de apoiadores -, sob os aplausos da Secretaria do Audiovisual do MINC. A campanha pelos Direitos do Público, um exemplo eloqüente, foi abandonada, e a Carta de Tabor reificada em totem inofensivo, sem expressão política, reduzida a mera contraparte dos chamados direitos autorais;

b) As diferentes possibilidades de organização do público parecem convergir unicamente para o programa Cine+Cultura, da Secretaria do Audiovisual, que distribui recursos bem modestos para a formação de um circuito incipiente de exibição, altamente burocratizado e totalmente atrelado a uma repartição pública institucionalmente extremamente frágil. O CNC abdicou totalmente da orientação – que já havia, entretanto, conquistado - desse projeto, explicitamente orientado meramente para a criação de espaços de exibição e cujo objetivo, nas palavras de seu Coordendor (a propósito das oficinas de formação cineclubista) “não é formar quadros ou cineclubes”, mas criar uma rede de exibição que justifique os diversos programas de fomento a uma produção que não encontra espaço em outros canais de difusão. Dirigentes cineclubistas fornecem a mão de obra qualificada para a formação de exibidores, sob a condução exclusiva, e separada do movimento (em listas próprias e fechadas), do programa governamental. Com poucas exceções, as direções cineclubistas em todo o País estão ocupadas e mal remuneradas nesse projeto, em detrimento de outras iniciativas. Outros programas, outras alternativas, de muito maior importância para a ação comunitária, estão praticamente esquecidos na azáfama de administrar as demandas do Cine+Cultura. A direção desse processo é feita em circuito fechado, sem a participação da grande maioria dos cineclubes, e sua orientação é dada pelo programa, não pelo CNC (e contrariando os objetivos originais e legais do próprio governo);

c) O CNC deixa-se envolver em acordos decididos entre alguns “protagonistas”, apoiados em “aprovações” forçadas, por decorrência de prazos impossíveis. Além de estabelecer convênios pouco transparentes, que permitem até a indicação pessoal de entidades a serem contempladas (muitas delas já amplamente beneficiadas pelo poder público e completamente fora dos critérios originais do programa) e privilegiam abertamente a produção em detrimento das organizações de caráter comunitário, outras ações com forte base em relações pessoais encontram espaço na atuação da nossa entidade nacional;

d) Protagonista e beneficiária principal desses desvios, a Secretaria do CNC vem concentrando as ações que deveriam ser coletivas na direção, desestimulando e usurpando as funções de outras diretorias (como a de Formação, de Acervo e Difusão, de Comunicação, de Projetos...) , descontinuando iniciativas importantes – e mesmo fundamentais, como a Campanha pelos Direitos do Público - e encaminhando prioritariamente ações que também promovem e beneficiam o titular do cargo, com vistas às próximas eleições cineclubistas e/ou perspectivas de carreira política nas entidades de cinema.


A segunda razão é a impossibilidade de discutir as questões levantadas acima dentro da direção e sem prejuízo para o movimento. Explico-me: em primeiro lugar, fui afastado de fato da possibilidade de interferir na condução das ações de formação ligadas ao programa Cine+Cultura, apesar de ser o diretor dessa área e ter sido indicado, em reunião plenária da direção nacional, como coordenador, da parte do CNC, do projeto. A coordenação do Cine+Cultura pediu secretamente o meu afastamento da coordenação das oficinas do programa. Em reunião plena, a diretoria recusou altaneiramente essa interferência indevida e ilegal. Entretanto, já no dia seguinte fui retirado das listas de discussão de oficineiros e de participantes do projeto, assim como do rol dos oficineiros qualificados a dar oficinas, sem nenhuma manifestação de qualquer diretor do CNC (com exceção do Frank Ferreira que denunciou o fato sem obter resposta desta diretoria). Diversas correspondências entre o Cine+Cultura e a “nova coordenação do CNC”, deixaram isso bem claro nos dias e semanas seguintes. Esse modo de operação, típico do fascismo, de governos autoritários e/ou de gestionários desprovidos de caráter - pois usam seus cargos para benefício próprio, e fazem isso na surdina – se baseia também na cumplicidade ou ingenuidade do colegiado dirigente do cineclubismo brasileiro.
Minha tentativa de reação ao meu isolamento e à reorientação do programa de formação de dirigentes cineclubistas foi imediatamente respondida, por um diretor do CNC, com ataques pessoais e insinuações de caráter moral a que eu não quis responder, pois criaria um ambiente de troca de ofensas e acusações pessoais que só fariam estragar o espaço público do movimento, afastando pessoas e enfraquecendo a direção. Em vez da discussão política, transparente e respeitosa das divergências (essenciais para o avanço democrático do movimento), intrigas e insinuações. Esse tipo de atitude, de procurar destruir o interlocutor ao invés de atacar suas idéias é, como todos sabem, típico do nazi-fascismo. Mesmo depois do meu recuo e silêncio face a essa atitude, na seqüência passei a receber ameaças, algumas abertas e outras em mensagens privadas, de resto exatamente como já havia acontecido em outra ocasião. Quando notei que minha correspondência, tanto como diretor da federação paulista, como pessoal, estava sendo violada – isto é, minhas mensagens privadas, da lista da diretoria paulista e até mesmo da direção do CNC estavam sendo lidas por terceiros – percebi que não estava à altura desse tipo de “debate”, que não participo do mesmo patamar ético. Fora da direção, no entanto, poderei fazer frente a esses métodos em caráter pessoal e privado, sem envolver a entidade nacional dos cineclubes.


A terceira razão aponta para uma perspectiva mais otimista. Acredito que dei uma contribuição para o movimento, em diversos momentos. Contudo, face à expansão dos cineclubes, à emergência de novas experiências e o florescimento de novos talentos, não vejo a necessidade de ocupar um ou mais cargos de direção deste movimento. Ao contrário, creio que posso ser mais útil – porque nunca deixarei de ser cineclubista e de participar criticamente do movimento – em outras trincheiras, sem a veleidade do “poder” que nunca encarei como prêmio ou vantagem, mas como dever – e frequentemente sacrifício, na verdade. Os chamados dinossauros cineclubistas se preocupam em como passar o bastão, com o momento certo de largar cargos. Creio que não há uma solução para essa preocupação, um momento adequado e preciso para essa transição. Acho que a oportunidade aparece assim mesmo, como crise, como conflito – pior seria se fosse apenas pela decadência e esquecimento. Melhor pegar logo esse bonde, deixando não apenas qualquer veleidade de poder, mas sobretudo as responsabilidades que tanto nos pesaram, para aqueles que, justa ou injustamente, as querem disputar e por elas responderão junto ao movimento e ao restante do publico brasileiro.


A quarta razão é que deixo o País. Vou desenvolver um projeto de pesquisa sobre cineclubismo e organização do público para o qual não consegui apoio por aqui. Pretendo que seja uma oportunidade para outro nível de atuação no movimento cineclubista brasileiro e mundial.

Como o cineclubismo em mim é doença crônica e incurável, não me demito da condição de cineclubista. Pelo contrário. Dedicando-me aos estudos da organização do público, do cineclubismo e da história dessa relação, espero continuar contribuindo para uma compreensão mais profunda da nossa ação, do nosso movimento. Em uma nova trincheira, nos blogues e na internet, tentarei sistematizar uma crítica construtiva e consistente, que prometo será intensa, com relação aos desvios que creio observar em nosso movimento e em seu comando. Afastado da direção, poderei até “bater boca” em caráter pessoal, discutir ética e comportamento, se preciso for, sem desgastar meu querido CNC.

Continuo, como sempre, solidário e comprometido com os movimentos cineclubista e de organização do público, de aprofundamento da democracia brasileira e de transformação de uma realidade de opressão de classe, pela construção de um socialismo criativo e humano, em que não haja mais distinção entre proprietários e despossuídos, entre protagonistas e espectadores, entre artistas e platéias.

Saudações cineclubistas,

Felipe Macedo

Abaixo, parte do relatório apresentado ao Conselho Nacional de Cineclubes e ao Ministério das Relações Exteriores por ocasião do evento Voyages au Brésil, em que tive a honra de representar nosso País e o movimento cineclubista brasileiro.
Viagem à Tunísia
Cineclubismo na Tunísia
No quadro de uma “manifestação” cinematográfica – como gostam de chamar os colegas tunisianos – estive em Tunis entre os dias 18 e 23 de junho. Minha participação foi possível graças ao apoio da Embaixada brasileira naquela cidade e do Ministério das Relações Exteriores. Foi o evento chamado “Voyages au Brésil”, com uma pequena mostra de filmes, debates e oficinas, voltados principalmente para os dirigentes de cineclubes e cineastas do país. Na seqüência, essa “viagem brasileira” irá percorrer, em outubro, cineclubes da Capital e de várias regiões, com um formato mais “leve”, voltado para um público mais amplo e adequado para diferentes segmentos de público: os cineclubes tunisianos mantém atividades especializadas para os públicos adulto e infantil, por exemplo.

Uma característica muito importante do cineclubismo – ou do cinema – na Tunísia, é que os primeiros são bem mais numerosos que os últimos. O país conta com apenas 17 salas de cinema (segundo alguns, são 14), enquanto os cineclubes são algumas dezenas. A escolha do circuito cineclubista para a divulgação do cinema brasileiro, para o estabelecimento de relações culturais no ambiente do audiovisual e mesmo para a promoção do Brasil, num plano mais sério e aprofundado que uma publicidade superficial parece-me, portanto, muito acertada. Consideradas as dimensões modestas de quase todos os indicadores demográficos, em comparação com o Brasil – população pouco superior a 10 milhões e ausência de um verdadeiro mercado cinematográfico – os cineclubes constituem um grande canal de comunicação entre nossos países.

O cineclubismo na Tunísia tem sua origem na “época de ouro” do movimento, no pós-guerra, quando um intenso renascimento cultural deu vida a milhares de cineclubes em todo o mundo – principalmente a partir das influências italiana e francesa – que, por sua vez, estiveram na origem de fenômenos cinematográficos da importância do Neo-Realismo e da Nouvelle Vague.
Na esteira desse processo, a Federação Tunisiana de Cineclubes foi fundada em 1950. Nos anos seguintes à independência, tanto a produção cinematográfica (o primeiro filme tunisiano é de 1966) quanto o movimento cineclubista se consolidam e crescem. Nos anos 70, o movimento cineclubista chega a contar com cerca de 150 entidades no país. O governo seguinte, estabelecido no final dos anos 80, coincide com um retrocesso nas atividades culturais, enfraquecendo bastante os cineclubes. É importante observar que isso se passa também no plano internacional, com a rápida transformação das tecnologias de difusão e exibição audiovisual. Na virada do século, também em coincidência com o que ocorre no mundo todo, o movimento cineclubista se rearticula na Tunísia e vive, hoje, um processo de expansão e consolidação. Ainda
que submetidos a um controle institucional bastante rígido , que limita a manifestação de iniciativas espontâneas – típicas do cineclubismo - já se contam às dezenas os cineclubes, com uma federação nacional bem organizada, que participa ativamente do movimento cineclubista internacional.

Um novo diálogo

De fato, o evento “Voyages au Brésil” constituiu uma primeira experiência de aproximação direta entre o continente africano, ou pelo menos o Norte da África, e a América Latina. De um lado, como representante do Conselho Nacional de Cineclubes brasileiro – que ocupa a vice-presidência da FICC e desenvolve um intenso trabalho no nosso continente - também estava capacitado a estabelecer o contato com o movimento latino-americano. A Federação Tunisiana, por sua parte, também representava de certa maneira os cineclubes da Argélia e do Marrocos, com que mantém contatos assíduos, e nos aproximou mais da própria região subsaariana, por suas relações com o Mali e Burkina Fasso. Através de contatos anteriores e posteriores ao evento de Tunis, asseguramos que esses entendimentos estão prosseguindo: nesta semana, no Marrocos, a secretária da FICC para a América Latina, a argentina Cristina Marquese, participa de outro encontro cineclubista. Também já encaminhamos a participação da Tunísia na II Conferência Mundial de Cineclubismo, a realizar-se na cidade do México em agosto próximo. Serão confirmadas, nos próximos dias e semanas, as gestões para participações, de ambas as partes, em festivais de cinema dos dois países.

Esta viagem à Tunísia, para apresentar uma “viagem ao Brasil”, torna-se, desta maneira, um acontecimento de alcance histórico para o cineclubismo, abrindo uma série de iniciativas que visam consolidar um intercâmbio plural e produtivo entre culturas que antes só se comunicavam, precariamente, através de longas e custosas intermediações e escalas em países do hemisfério Norte. De fato, uma espécie de bordão rítmico e bem humorado marcou nosso encontro: Sud – Sud. Diálogo e conhecimento mútuo já: Sul – Sul!

Mas foi especificamente para o cineclubismo, o cinema e a cultura do Brasil que o evento foi mais proveitoso, claro. Ele abriu, de imediato, a perspectiva de troca de filmes, com direitos regularizados, entre os dois países. Até agora, a Embaixada do Brasil em Tunis promoveu o cinema e a cultura brasileira naquele país, mas essa ação apenas promovia um lado da equação. Passamos a uma nova fase, de efetivo intercâmbio, sem dúvida por causa de uma concepção democrática e generosa, por parte do nosso corpo diplomático, do papel de divulgar o Brasil: promover nossa cultura entendido como processo de integração, sem imposição – uma originalidade em relação a outras orientações empregadas na divulgação da cultura e dos bens culturais de muitos países...

Além de aproximar os cineclubes, estabelecer uma base inicial para um intercâmbio mais profícuo, também foram lançadas bases para uma aproximação entre os realizadores, especialmente no campo do curta-metragem e do documentário. Em todas as atividades promovidas durante a “Voyage au Brésil”, estiveram presentes representantes da Associação de Cineastas Amadores da Tunísia, que tem seu mais próximo equivalente na Associação Brasileira de Documentaristas e Curta-Metragistas - ABD. Através do Conselho Nacional de Cineclubes, vamos repassar contatos e agilizar as oportunidades de encontro entre cineastas dos dois países – e regiões – especialmente por ocasião de festivais ligados às entidades citadas, de cineclubes e de cineastas.

Perspectivas de colaboração entre o CNC e o Itamaraty

A ação da embaixada brasileira em Tunis constituiu-se num verdadeiro precedente objetivo para um interesse e uma demanda, talvez reprimida, de ambos os lados. De uma parte, em que pese minha informação limitada, parece-me que a utilização do “pacote” (na falta de expressão melhor) de filmes disponibilizado pelo Itamaraty nestas “Voyages au Brésil”, através da colaboração com o movimento de cineclubes local, mostrou de forma inaugural a possibilidade de promoção de um diálogo e intercâmbio equitável, abrindo canais diretos entre setores muito dinâmicos – jovens, socialmente muito distribuídos, etc – das respectivas sociedades. Para o movimento cineclubista brasileiro representou um apoio muito importante, material e institucional, para o estabelecimento do que chamamos mais acima de uma concreta relação Sul – Sul.

Das reuniões realizadas ao longo do evento, a que se deve acrescer a consulta feita à direção do CNC e à FICC, após o meu retorno, surgem diversas possibilidades que gostaríamos de apresentar à apreciação da Embaixada e, através dela, ao Ministério das Relações Exteriores:

• Institucionalização dessas “Voyages ao Brésil”, transformando-as em evento anual, com a apresentação de projeto – pelo CNC e FTCC - para incentivo de lei federal de fomento (Rouanet ou outra). O evento seria constituído, basicamente, de uma mostra de filmes de longa e curta metragem, realização de palestras, debates e oficinas, com a presença de cineclubistas e cineastas brasileiros;

• Extensão do mesmo conceito a outras embaixadas e países, com federações nacionais de cineclubes nacionais e agregando a participação da Federação Internacional de Cineclubes, bem como outros apoios oficiais e privados;

• Utilização, numa perspectiva mais objetiva e imediata, do “pacote” de filmes de divulgação distribuído pelo MRE às suas representações, através da promoção de eventos de naturezas diversas, em conjunto com as federações nacionais de cineclubes, sob coordenação da FICC, através do CNC;

• Possibilidade de convênio entre o Itamaraty e CineSud – distribuidora mundial de filmes para cineclubes e cinemas sem fins lucrativos – e Filmoteca Carlos Vieira (equivalente e extensão brasileira desse mecanismo de difusão) para a promoção de mostras e circuitos de filmes brasileiros em todo o mundo;

• Apoio à criação de cineclubes junto às comunidades brasileiras em países estrangeiros.

Neste ensejo, gostaria de agradecer, em meu nome pessoal, do Conselho Nacional de Cineclubes e do movimento cineclubista brasileiro e internacional, não apenas pelo apoio – cujo significado acredito ter avaliado nas linhas anteriores – mas muito especialmente pela gentileza e atenção, somadas ao profissionalismo, com que fui assistido durante toda a minha estadia em Tunis.

Meu reconhecimento especial ao perfeito acompanhamento do evento através da sra. Alice Bornhofen, à participação do ministro David Silveira da Mota Neto e todo o apoio recebido sob a esclarecida condução do embaixador Elim Dutra.

Atenciosamente,

Felipe Macedo
Diretor de Formação
Assessor de Relações Internacionais
Conselho Nacional de Cineclubes